Fui ao consulado brasileiro hoje, aqui em Paris. Como foi triste! Fui tirar informaçoes para saber se posso resolver a questao do meu visto de permanencia aqui na europa. Atualmente faço como a maioria dos brasileiros que nao querem ficar ilegais: antes de completar 3 meses (periodo maximo permitido por lei) saio da Uniao Europeia (exemplo Marrocos) e volto ganhando assim mais 3 meses. Fico na lei. Fico legal.

So que eu econtrei pessoas que querem me contratar. Entao, fui ao que seria o orgao do meu pais, destinado a me ajudar, e perguntar qual seria o procedimento. Mal educado, o atendente disse que quem deveria ver isso eram meus chefes e nao eu. E toda pergunta que eu fazia, era interrompido com “voce nao quer aceitar a resposta. Entre no site do consulado.”

Me estressei. Gritei. Chameio-o de “seu merda”. Disse que eramos irmaos de paìs. No minimo seria humano tentarmos nos ajudar ja que na maioria das vezes, todo o sistema tenta te lascar. Por sorte, tinha uma senhora muito simpatica que conseguiu resolver sua situaçao de visto aqui da França. Ela escutou a discussao e me chamou para um bate-papo. Me deu algumas coordenadas e eu fui embora feliz. E toda vez que ela vinha com uma soluçao, o “lascado do Jorge” tinha 2 problemas: “mas cada caso é um caso… Se ela conseguir, nao significa que voce tambem conseguira…” “Ô meu amigo!!! Da licença que a conversa aqui é entre pessoas. Nao tem espaço pra cavalo cheirando a merda.” Me estressei mesmo.

Não entendo porque existe tanta gente assim. Ai depois a galera vem e diz que devemos mudar o mundo. Que o mundo nao ta legal. Cara, eu tento ajudar sempre. E se eu nao atrapalho, se nao faço nada, ja estarei ajudando. A pergunta é: precisa disso? Precisa tentar “funhecar” sempre a vida do outro?

Quando cheguei em frente ao consulado, chorei ao ver a linda bandeira do Brasil. Ao sair de la, estava com vontade de queimar toda aquela porcaria. Por isso, eu botei uma bomba la! ahahahha Calma senhores policias, sou um palhaço e jamais faria uma coisa dessas. Eu mandei botar.

Raul Veiga